Enfeite seu coração! Automaticamente estará enfeitando você! Heloísa Lugão

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

As fases do pé na bunda

A maioria dos emails que recebo são de pessoas que encontraram o blog depois de um pé na bunda, por que será? (rs) E estas sempre me pedem conselhos, ajuda e até textos aqui no blog. A pessoa geralmente que leva um pé na bunda acha que a dor é infinita, que vai demorar e que aquilo nunca vai acabar. Não é assim, tudo são fases, e essas fases acontece com +todo mundo. Vejamos:


1-     Sem esperar ou até mesmo esperando você toma um pé na bunda da pessoa que você gosta. Talvez aquilo era até esperado, contudo você não acreditava que realmente iria acontecer. Talvez você quisesse o fim mas não tinha coragem de terminar com medo de sofrer. Pois é meu bem, o fim chegou e teremos que encarar o sofrer (sempre digo que ele é bom, é aprendizado...vai vendo) .
É uma dor que dói tanto que parece que vamos morrer, mas não vamos. Uma dor que não existe remédio na farmácia pra vender. É a dor da perda, do costume, do sentimento. Como tudo que dói muito, essa dor nos deixa de cama, sem fome, sem sono, viramos zumbi, só sabemos chorar (realmente vendo assim parece que é um doença- cientistas de plantão: criem um remédio para essa dor urgente!).
Nos recolhemos, nos afastamos, ficamos acabados, estamos derrotados. Derrotado por uma pessoa que sempre foi a nossa vitória.
A gente acha que vai morrer de tanta dor que tem no peito (graças a Deus a gente não morre de amor, mas parece), que aquilo nunca vai ter fim, que aquela pessoa é a última pessoa perfeita na Terra, que nunca mais gostaremos de alguém, que a nossa vida acabou ali.
Depois de você mesma quase se matar de tanto chorar, se culpar por algo que muitas vezes você não tem culpa, cansada de ficar se lamentando você resolver dar um basta na tal dor e decide que irá curtir a vida, recuperar o tempo perdido, se jogar no mundo e...



2-     E ai que você se joga no mundo. Se joga em uma roupa bonita, um belo batom vermelho (não há quem resista) e tenta arrumar um sorriso também parar mostrar a todos que está bem e se joga no mundão.
Sai todos os dias do final de semana, muitas vezes até durante a semana. Só fica em casa pra dormir e as vezes comer. Gasta o salário todo em roupas e baladas. Não é mais vista nas festinha de família, se quiserem te encontrar que vão até a balada do momento. Experimenta e descobre todos os tipos possíveis de bebidas. Conhece várias pessoas e também experimenta estas. Percebe que nem é tão ruim ficar sozinha. Vira fã da frase “solteira sim, sozinha nunca”. Pensa “antes eu tinha um, hoje tenho vários”. Algumas pessoas amanhecem em uma cama com uma desconhecida do lado. Nessa fase você é a mais piriguete de todas ou o mais galinha de todos.
Você não quer saber de nomes, futuro, passado, só quer curtir aquele momento. Amor? Paixão? Gostar? Não, não é mais pra você. Você só quer curtir. Descobrir baladas, bebidas, pessoas, lugares, corpos nus ( ^^ ).
Mas com o tempo nessa vida você começa a se sentir vazio, achar tudo muito vazio. A noite passada foi perfeita, você beijou vários que nem se lembra, não sabe o nome e que não vão te ligar no outro dia. No outro dia você não sabe o que dói mais se é a ressaca ou o vazio que sentes ao acordar. E você começa a sentir falta de algumas coisas...



3-     A maior falta que você sente é a de você mesma. Falta de estar na sua própria companhia. Sente falta daqueles programas calmos, onde não existe pegação. E ai você aos poucos vai voltando pra você. Começa a cuidar do que tem por dentro e descobre que isso é o mais importante. Começa a voltar a ler, fazer atividade física, faz terapia se preciso, assiste filmes que ajudam no crescimento, descobre hobbys, volta a estudar, se empenha na profissão. Passa a gostar mais de você mesma. Volta a freqüentar as festinhas de família e percebe o quanto és querido. Não se importa mais em sair com os amigos casais. Adora passar o sábado a noite em casa sozinho. Não se importa que não está beijando ninguém, não tem ninguém do sexo oposto que vai ligar para fazer um convite. Você descobre a beleza de estar na sua própria companhia.
Claro que terás seu momento de carência, de saudade, porém, nada demais. Nada que daqui alguns minutos ou até horas você não volte para a sua paz. Você sente falta de ter alguém sim e percebe que antes de ter alguém você precisa ter você pra você. Você descobre a alegria que você mesma lhe proporciona. Você transborda flores, é florida por dentro. Você é paz. Você é alegria sereno. E é nessa fase que você se encontra apto para viver um novo amor. Um amor mais maduro, tranqüilo com alguém que esteja e seja como você: transbordando amor-próprio. Talvez você goste tanto dessa última fase, se ame tanto que até adie os próximos relacionamentos. Você se torna seletiva porque não é mais qualquer coisa que tira seu chão e faz seus olhos brilharem.

Heloísa Lugão

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