Enfeite seu coração! Automaticamente estará enfeitando você! Heloísa Lugão

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Saldão de 2013

Um dos anos mais complexos da vida, tive que ter muito jogo de cintura e nunca imaginei que tivesse tanta fé.

Se fosse para definir o ano diria que foi o ano da Fé. Em tudo tive fé e em tudo alcancei, claro que não foi no meu tempo e sim no tempo de quem sabe quando é a hora.

Vivi o ócio, convive com o desemprego, conheci muita gente bacana, me afastei de muita gente que não me acrescenta em nada, descobri muitas coisas, enterrei alguns sentimentos, chorei, sofri, sorri, sorri, sorri muito.

Tive algumas paixões durante o ano. Umas 3! Mas teve um, ah aquele que vira e mexe ainda me faz escrever sobre ele. Aquele que é tão diferente de mim, me completou e fez com que me tornasse uma pessoa melhor. Aquele que, me desculpe os próximos, será inesquecível. E foi com esse moço que vivi as maiores loucuras, tive os mais frios na barriga e que me deixava com as pernas bambas só de falar. E esse menino deixou apenas saudade e um quero de quero mais muito mais, contudo, não será possível. Abri mão daquele sentimento lindo e pedi para sair do jogo.

Senti saudade. Meu Deus como eu senti saudade. Parecia que eu ia morrer de tanta saudade que tinha.
Muitos momentos de crises existências, ficava perdida, não sabia de nada, complicações emocionais, algumas tristezas, algumas perdas e fé.

Curti muito a vida de solteira, sai muito, beijei bastante, bebi muito, acordei com ressaca moral e alcoólica, extravazei, dancei, curti, me joguei, me empolguei e agora tirei férias dessa agitação toda.

Foi ano também que relaxei. Relaxei muito na minha reeducação alimentar, na minha autoestima e no blog. Não fiz muito as coisas que gosto porque estava com preguiça. Em 2012 aproveitei bem mais que 2013. Se 2012 foi literalmente o meu ano (por ter me conhecido melhor, me amado mais, me valorizado mais) 2013 não foi tanto assim. Claro que a peteca caiu, mas subiu também. Me descobri, me amei, me valorizei só que não tanto quanto foi em 2012.

Tornei-me mais sensível, um tanto melancólica e gostei de ser assim. Voltei a me recolher novamente. Voltei a trocar noites agitadas com lugares cheio de gente vazia por um quarto “vazio” e cheio de pensamentos e sentimentos.

Tive muitos altos e baixos, alias mais baixos do que altos. Sofri a crise dos 25 anos.

Passei por poucas e boas que muita gente não sabe ao certo, guardei tudo pra mim. Chorei, chorei muito, chorei de soluçar. Dormi chorando. Quantas vezes durante o banho me sentava no chão e desabava? Várias vezes. Já perdi o sono inúmeras vezes. Era uma aflição sem tamanho, uma angústia no peito que chegava a doer. Não sabia o motivo de aquilo tudo estar acontecendo comigo. Acho que meu sorriso e meu jeito de levar a vida na base da felicidade foi o que fez com que a nuvem preta passasse. Porque tristeza aqui é algo que não tem casa, nem comida e nem roupa lavada e com isso ela vai embora, ela se cansa e vai procurar outro lugar... Aqui tristeza não tem vez. Amadureci demais!

Poderia reclamar muito do meu ano por esses dias finais e de reflexão, só que apesar de tudo só sei agradecer já que foi mais um ano que me superei e descobri o quanto sou forte. Não consigo reclamar com Deus do meu ano. Sei que foi pauleira, todavia, hoje só sei agradecer. Querendo ou não coisinhas pequenas aconteceram e foram muito significativa.

Comecei a fazer a tal listinha do que fazer em 2014 e rasguei. Não quero fazer metas, quero que o ano me surpreenda. Acho que toda a fé que plantei em 2013 vou colher em 2014.
Espero 2 coisas de 2014: que ele me surpreenda, que minha fé aumente mais (ela quem me deu forças para lutar).

Feliz ano novo a todos que acompanham o blog. De coração desejo tudo de melhor a você e muita, muita fé, afinal foi ela que me deu forças pra lutar.
Heloísa Lugão


sábado, 28 de dezembro de 2013

O que me dá orgulho

Nunca fui do tipo a mais bonita do colégio. Ta certo que quando eu era criança era mega linda, simpática e até desfilava para algumas lojas. Mas cresci e da infância só trouxe a simpatia.

Eu era a mais sem jeito, toda estabanada, descabela, gorda, aparelho, óculos, a gente boa e sempre amiga de todo mundo.

Vivia em brigas com o mundo e comigo. Como todas as pessoas no mundo poderiam ser bonitas e eu ter todos os defeitos do mundo?

Ninguém olhava pra mim. Meu cabelo sempre foi pra dar muito trabalho apesar da cor loira. Sempre fui gorda e escondida atrás de roupas pretas e largas. Meus olhos azuis eram ocultados pelos óculos. Meu sorriso tinha ferragens. O pior nem é que ninguém me aceitava o pior era que eu mesma não me aceitava.

Resolvi me aceitar e parecendo balela muitas coisas começaram a acontecer. Sei lá, parece que o mundo resolveu me aceitar... Sorrir pra mim. Aos 23 anos comecei a me descobrir e sinceramente me apaixonei por mim, tudo bem que preciso de mais e mais amor só que antes eu não tinha nada. Comecei a descobrir coisas de que eu realmente gostava. Comecei a assumir meus gostos peculiares, meu jeito livre de ser, a ligar menos para a opinião alheia, ter minha personalidade formada.

Isso é o que me dá mais orgulho: a minha personalidade. Quando a minha chefA foi fazer a minha descrição no amigo x tive a real convicção que eu estava exatamente onde eu queria estar. Dentre várias coisas ela disse “ela é uma pessoa que é feliz e do jeito dela, ela tem um jeito livre de ser, é inteligente e gosta de ler” pronto, todos souberam que era eu. O fato foi que fiquei feliz em ser reconhecida pelo o que eu era e não pelo o que eu tinha. Fui reconhecida por ser inteligente, ter uma personalidade e não por ter uma bunda dura e nenhuma barriga. Era isso que eu queria.

Aos 23 anos não queria mais ser a adolescente feia que aparece nos filmes americanos, contudo, também não queria ser a Juju Salimeni. Só queria ser eu, com meu jeito e minha personalidade que demorei anos para criar.

 Descobri que não poderia ficar brigando com a natureza, genética e espelho. Precisava me aceitar. Me aceitei e modifiquei aos poucos o que eu queria. E com isso descobri que poderia ser inteligente e que isso dependeria somente de mim. Não era preciso ajuda da natureza e muito menos da genética para eu me tornar bela de verdade. Não sou a pessoa mais inteligente do mundo, todavia muitos me procuram para tirar dúvidas ou pedirem sugestão de algo.

Por mais que eu viva de regime, fazendo atividade física (essa foi a vida que escolhi para mim), não quero ser reconhecida por ser gostosona, quero ser reconhecida pelo o que realmente sou.

As pessoas acham que vão causar inveja através dos bens matérias, ledo engano. Causa inveja quem brilha, quem tem personalidade, quem tem bom gosto.

Pior de tudo isso mesmo é você levar 23 anos para se descobrir e ver nego por ai te plagiando. Que te copia em tudo que pode e até no que não pode.


Heloísa Lugão

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O sentido do natal de 2013

Moro em um estado esquecido pelos de mais do meu país.
Nem bem nossas lideranças lembram de nós.
Em meio de chuvas e mais chuvas um líder pega sua família, faz as malas, o passaporte e viaja como se estivesse tudo muito bem. È de fato que voltou devido à pressão.
O cara sabe que qualquer chuva que acontece na sua cidade alaga tudo e mesmo assim foi para os EUA. Ao retornar diz que sacrificou sua família.
Senhor prefeito, quantas mil famílias foram e estão sendo sacrificadas?
Moro em um estado que levou 100 mil pessoas às ruas em uma caminhada contra a corrupção e que acreditam em um mundo melhor. Queremos mudanças!
Moro em um estado que entendeu e sabe que se não arregaçar as mangas o estado arregaça a gente. Perceberam que se não ajudarmos uns aos outros não será os políticos que irão ajudar.
Moro em um estado que está de parabéns. Um estado que sabe o verdadeiro sentido do Natal.
Moro em um estado que é solidário e que me deixa emocionada ao ver os atos de bondade e de solidariedade.
Moro em um estado que agora não será mais reconhecido pela violência, corrupção, moqueca, Convento e chocolates. Agora meu estado será lembrado pelo ato de solidariedade.
Moro em um estado que me orgulho em dizer que sou daqui. Lugar de gente do bem e que ajuda o próximo.



Heloísa Lugão

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Vamos brincar?!

Hoje vou compartilhar  sobre uma coisa que é viciante e que a cada dia me empolgo mais que é pelo Grupo #aophotoaday.
Esse grupo é formado por pessoas apaixonadas por fotos. Durante o mês cada dia tem seu tema e você posta uma foto relativa ao tema. Não tem problema se sua máquina não é profissional, se eu celular é fraco que nem o meu. Nada disso, o que importa é ter foto.
Não importa também se você é ou na blogueira, tendo facebook e/ou instagram ta valendo. Porém para participar tem que postar foto! Tem que ter esse compromisso!
Ah e ao postar a foto tem que usar #aophotoaday . TEM QUE USAR A TAG!
Se hoje não deu, amanhã você posta a de hoje e a de amanhã.
Por exemplo: viajei na quinta e voltei no domingo. Tirei as fotos de acordo com o tema e quando fui postar (posto sempre no grupo) postei a foto do dia e as atrasadas.
E o pessoal de lá como é? Super bacana, um povo criativo e unido, e umas fotos bem incentivadoras pra gente que quer fugir da rotina, conhecer o novo.
Essa lista que segue é a do mês de janeiro, são os temas diário.

E ai, vamos brincar?!

Heloísa Lugão

domingo, 8 de dezembro de 2013

Das histórias de solteira: Quem nunca foi a uma festa que tudo estava ruim?


Pois é nem tudo são flores na vida de uma solteira que curte baladas e que adora esse status. E pra variar mais uma história e festa que fui com a Mandy.

Eu e Mandy fomos a uma festa no interior, combinamos muitas coisas, fizemos planos e dizíamos que iríamos virar a cidade do avesso como eram dois dias de festa isso seria muito fácil. Íamos curtir muito, dançar, beber e claro conhecer muiiiiita gente nova.

Os dois dias de festa foram a mesma coisa: horrível. Lembro que nos dois dias de festa ao chegar no local passava em torno de uma hora eu já queria embora e a Mandy me convencendo a ficar que iria melhorar. E nada de melhoras.

Ficamos praticamente sozinhas ou com família durante a festa que por sinal além de estar horrível nunca vi tanta gente feia por metro quadrado, não conhecemos ninguém, bebemos razoavelmente bem (isso no sábado porque no domingo quase não bebemos devido à ressaca da noite anterior) e não viramos a cidade do avesso. Mandy lucrou com uma figurinha repetida dela e eu fiquei sobrando. Fiquei tão mal humorada que alguém se aproximava já saia de perto, não queria dançar, fui grossa mesmo (risos).

Lado bom da festa? Acredito que só teve um: as comidas. Nossa muita barraquinha e comi muita coisa que me lembrava a infância.

Festas ruins são como dias ruins, sempre teremos.


Heloísa Lugão                                                       maio/2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Tem...



Tem saudade que a gente não chora ao sentir, a gente sorri.
Tem saudade que é gostosa de lembrar.
Tem sorriso que parece que fará parte da vida da gente pra sempre.
Tem gente por ai que é inesquecível.
Tem sorriso que a gente sempre quer ver de novo, nem que seja de longe, mesmo sabendo que o motivo do sorriso mudou.
Tem olhar que a gente sempre quer ver de novo.
Tem coisas que a gente sabe que não são pra dá certo, aceita, sente saudades e se conforma com a realidade.
Tem gente que mexe muito ainda com a gente, mesmo distante.
Tem momentos que ficam guardados dentro de uma caixinha dentro do coração e que nada e nem ninguém pode tirar.
Tem saudade que é gostosa de sentir


Heloísa Lugão

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Que esse dia chegue logo



Sei que um dia irei acordar e não vou mais sentir sua falta. Vou olhar para o celular sem esperanças de ter chegado uma mensagem sua. Vou ficar horas e até dias sem falar com você sem sentir saudades.
Sei que chegará o dia da minha partida, aquela que tanto falo e nunca tenho coragem pra ir. Vou embora sem sentir pena de te deixar pra trás. Sem receio de deixar o sentimento bonito que tenho por você morrer. Oras, ou esse sentimento ou eu. Então que morra o sentimento bonito, puro, simples que tenho por você.
Sei que esse dia vai chegar e você se tornará mais um. Torço muito para que este dia chegue logo. Enquanto isso vou alimentando a esperança de te ter um dia só pra mim.


Heloísa Lugão

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Até quando essa tal de inferioridade?


Estou conhecendo o P. há quase 3 meses e entre saídas constantes e conversas diariamente o coloquei em um lugar onde pensei que jamais fosso atingi-lo. O coloquei no topo máster na minha pirâmide: “ah, ele é bonito demais pra mim”, “ah ele é muito inteligente e me sinto mega burrinha perto dele”, “nossa ele deve ter uma condição financeira beeeeem melhor que a minha”; ah, nossa, enfim, P. foi colocado por mim em um mundo que só existe pra mim, na minha cabeça. P. se encontrava no meu mundinho imaginário.

O tempo foi passando e passei a ver que P. é sim um cara bonito, mas também de uma beleza normal onde existem vários caras assim. Descobri que P. é muito inteligente e principalmente nos assuntos que ele gosta e que muitas vezes são diferentes dos meus. P. domina a área de música e eu a área da literatura. Cada um dominando áreas diferentes, apenas isso.

Semana passada ele me ligou e disse que estava doente como estava perto da casa dele resolvi fazer uma visita. Depois que confirmei minha ida arrependi-me, pois estava com medo do que ia encontrar. Eu, uma mulher que foi criada no meio de família e amigos humildes estava prestes a conhecer o palacete que o cara no qual venho saindo mora. Fui, com medo, mas fui. Precisava saber onde realmente estava me metendo. Até porque eu criei o mundo mágico P. e realmente o mundo mágico não passa de idealizações e suposições da minha cabeça fértil.

Ao chegar à rua me deparo com várias casinhas simples e aconchegantes. Pensei que estava no local errado até que o avistei no portão e fui ao seu encontro. Ao entrar vejo uma casa simplória como a minha, sem muitos luxos em um bairro de classe média. Sentei no sofá e fui surpreendida com um copo de suco de uva integral (ele sabe que gosto, tendo em vista que sempre quando saímos peço o mesmo).

A visita foi rápida já que tinha outros compromissos. Sai de lá um tanto quanto chocada. Cai do cavalo. Não sai chocada por agora saber que ele é um moço simples e de família humilde, sai de lá abismada pelo tamanho da minha imaginação por tê-lo colocado em um lugar onde não existe. Meu sentimento por ele não acabou depois disso, nada mudará tudo que já aconteceu até agora, contudo, hoje me sinto mais aliviada por estar com uma pessoa de igual pra igual. Não será o fato de descobrir onde ele mora, o fato que passei a vê-lo como um cara de beleza normal que irá mudar tudo ou me fazer gostar menos ou mais dele. Agora sei mais sobre P., agora sei mais do cara que estou saindo há tanto tempo.

Até ai tudo bem, e se P. realmente fosse o cara mais lindo da Terra? E se ele fosse o cara mais inteligente? E se ele morasse em uma cobertura de frente para o mar? E se ele fosse tudo que uma mulher quer, ele não serviria pra mim?
A gente tem mania de se sentir inferior, de deixar ou até mesmo de colocar alguém a nossa superioridade. A gente merece sim, um cara bacana, lindo, educado, bem de vida. A gente merece tanto que nem sabe. O problema é que muitas vezes boicotamos a nossa felicidade.

A gente boicota sim, quando deixa pra lá algo que achamos que é bom demais. Quantas vezes já soltamos um “nossa, isso é bom demais para ser verdade”?

Desejamos tantas felicidades para as pessoas e não achamos merecedores de felicidade. A gente merece sim toda a felicidade do mundo. Cada pessoa é única com sua beleza, estilo, jeitinho, personalidade e é isso que atrai gente de verdade.

Já que desejamos tantas felicidades para quem amamos por que não nos amarmos mais, desejarmos mais felicidades para nós mesmos e aceita-la da forma mais bonita que ela pode vir?


Heloísa Lugão

sábado, 16 de novembro de 2013

Gosto de gente que não me cobra

Dia destes saímos (eu e mais 2 amigas) do aniversário de uma outra amiga e paramos em um buteco aqui no bairro. Buteco no qual sempre vamos naquele fim de noite, buteco que sempre rende boas conversas e várias risadas. Um dos assuntos foi à questão de: amigos que não cobram presença 24 horas.

Tenho várias amigas que me cobram e isso me cansa cada vez mais. Tenho amigos que quando me ligam, não posso atender e retorno nem oi dizem, porém já atendem falando “não quer me atender por quê?”, “não quer falar comigo por quê?”, “esqueceu de mim ne?”. Olha, se eu retornei é porque quero falar com a pessoa e existem pessoas que são ocupadas e sou uma dessas, nem sempre, mas tenho minhas ocupações. E se eu responder isso já me preparo para uma chuva de lamentações e que sou grossa. Hoje em dia deixo a pessoa fazer o drama e nem respondo para evitar mais aborrecimento, porque ligar fazendo drama já me deixa irritada e na boa, até perco o animo de falar com a pessoa.

Ocorreram situações de que a amiga me ligou e me perguntou o que eu iria fazer tal dia, respondi que já tinha compromisso. Ela se lamentou e ao perceber que eu não ia mudar de planos pediu para que eu não fosse ao compromisso marcado e sim sair com ela. Oi?! Como assim?! Pronto, sangue ferveu de novo! Não desmarquei o compromisso e expliquei a ela.

Parece que é complicado as pessoas entenderem que você tem uma vida, família, outros amigos, outros compromisso. E sinceramente gente assim cansa, pesa e desanima manter contato.

Não posso ficar o tempo todo com uma pessoa tenho outras coisas para fazer. Acredito também que relações onde às pessoas ficam o tempo todo juntas não são boas. É chato. A gente precisa de espaço precisa sentir saudade.

Então minha gente vamos parar de cobrar. Vamos ligar e dizer que estamos com saudades, marcar algo para matar a saudades e não vamos cobrar nada de ninguém. Vamos ser livres, deixar as pessoas livres.


Heloísa Lugão

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Me critica e faz pior... Oi?!


Quem acompanha o blog desde quando comecei a blogar (inclusive o antigo blog “Borboleta”) sabe que a intenção era salvar um relacionamento e que no final quem se salvou fui eu. Quem freqüenta sempre o blog sabe também que este tem um toque (hoje em dia nem tanto) de auto-ajuda. Comecei a blogar sobre termino de namoro que foi passando sobre amor-próprio e hoje já estou na fase no autoconhecimento.

Quem me conhece sabe que adoro um livrinho de auto-ajuda, não todos e sim alguns. Estes livrinhos, quando comecei a blogar, me ajudaram muito em vários sentidos: passei a gostar mais de ler, me incentivava a escrever e no fim me deram uma luz (fato que a luz maior veio daqui). Com estes livros passei a me encantar mais pela escrita e leitura, não apenas sobre o tema de auto-ajuda, e sim todos os tipos de temas.

Não estou aqui para incentivá-los a gostarem de auto-ajuda e nem serem adeptos. O tema hoje aqui é outro: gente que faz pior do que você e quer te criticar.

Dias atrás conversando com uma colega a mesma me criticou sobre o fato de que gosto e leio essas “bobagens” como ela diz. Beleza! Cada um com sua opinião e eu respeito! Concordo com ela que existem muitas balelas nos livros, só que discordo na parte em que vários livros nos abrem os olhos e não nos devolve a dignidade, o que de fato falta nesta pessoa.

A mesma me disse que nunca encontrei um amor lendo isso, ledo engano. Disse a ela que o amor maior já encontrei, que é o amor por mim mesma. Ela retrucou e continuou a dizer que não encontrarei um namorado com estes livros e resposta foi: não procuro namorado, deixo este me encontrar em um dia vagando por ai brilhante e sorridente como sempre.

Uma outra amiga vive me zuando quando comento algo sobre auto-ajuda, mas essa amiga pode! Pode porque é amiga e eu sei que ela não precisa de páginas que falam sobre amor-próprio já que ela é super bem resolvida (sempre digo que um dia serei como ela). Nunca vi e nem ouvi coisas em relação à falta de dignidade sobre si própria. Se cara não a quer mais, tudo bem e ela chama o próximo, sabe ficar sozinha numa boa e feliz, ela não se vira ao cubo para agradar um cara e nem se esforça ao máximo para sair com um cara que ela nem sabe se está ai ou não pra ela. Ela não gasta a grana toda do mês comprando coisinhas para impressionar o cara que vai sair no sábado à noite. Se ela pode, ela pode e faz... Se não ela deixa pra lá e faz o que pode. Ela gosta de gente que passa segurança e estabilidade emocional a ela, já que ela tem no mínimo quer alguém compatível.

Já a outra que me critica e faz tudo aquilo descrito no parágrafo à cima e muito mais. Se vira ao cubo só pra ver um cara que não está nem ai pra ela. Contenta-se em saber que o cara que ela está gosta de outra. Satisfaz-se em ser a outra. Engana-se, ilude e lhe falta dignidade. Me critica porque leio as bobagens. Ah se ela soubesse e lesse um livro que iria lhe mostrar o caminho da luz, como diz Nina Lessa, ela não faria nada do que faz e entraria em depressão quando terminasse de ler.

Não saio por ai mendigando amor alheio, não fico triste por passar o final de semana todo em casa, não me contento em ser a outra e muito menos saber que o cara que está comigo pensa em outra. Não me viro ao cubo para agradar um cara que não se vira ao cubo para me agradar. Não aceito ser válvula de escape de ninguém. Sou inteira, sou intensa, sou sentimental, contudo, não me humilho pra cara nenhum. Posso estar aqui morrendo de saudades do sujeito, porém não fico correndo atrás dele e nem esperando a boa vontade do bonito me querer. Procuro sim, vou atrás uma vez e no máximo duas e se ele não me corresponder... Beijo, foi bom te conhecer, gosto de você, gosto mais de mim e tem gente que me quer (sempre tem alguém que gosta da gente).

O que mais existe por ai é gente que critica e faz as mesmas besteiras que você. Se quiser criticar alguém, seja exemplo. E antes disso te desejo muito, muito amor-próprio e dignidade. Aceito criticas numa boa desde que você seja um exemplo daquilo que me critica. Gostar do cara é uma coisa, se rebaixar pra ele é outra. Sinceramente tenho pena de gente assim... Que sejamos exemplos ao criticar!


Heloísa Lugão

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ele não poderia ser só bonito não?

Ele não poderia ser só bonito não?
Tinha que ser extremamente lindo, inteligente, de bom gosto, criativo, desenhar bem, saber tocar, gostar de criança, gostar de ler, ter o sorriso mais lindo do mundo, ter um bom gosto musical perfeito, uma pintinha que me deixa louca, o cabelo enroladinho que adoro bagunçar, o jeito de me deixar cada vez mais apaixonada por ele, uma voz suave, um jeito distinto de me tocar, uma mania de me deixar cada vez mais louca por ele, uma feição de me deixar dependente daquele sorriso lindo, um jeito único de me fazer feliz somente com um bom dia.
Ele poderia ser só bonito, mas é isso e muito mais...


Heloísa Lugão

domingo, 10 de novembro de 2013

A tal pílula, o dia seguinte


Ela adorava uma farmácia, sempre que entreva para comprar um único remedinho passava horas e saia de lá cheia de coisinhas. Dessa vez o motivo foi diferente e ela não quis e nem foi feliz até a farmácia. Só de pensar no que ia comprar suas bochechas já ficavam rosadas. Ela tinha tomado o remédio que lhe causava tanta vergonha, porém ela mesma nunca comprou pra si. Nunca precisou chegar à farmácia e falar “moço, por favor, uma pílula do dia seguinte”.

Seus amigos estavam todos ocupados para irem lá comprar. Suas amigas mais próximas iriam a condená-la mais ainda. Não tinha mais ninguém que pudesse comprar a não ser ela mesma.

Ela não era falsa moralista, como já disse ela já tinha tomado outras vezes. Uma vez o amigo comprou e as outras o namorado. O que a fazia sentir vergonha é que ela mesma se condena irresponsável por ter feito relação sem camisinha. Ela sentira muita vergonha.

Depois de uma dose de coragem foi até a farmácia. Escolheu uma farmácia que ela quase não freqüenta. A farmácia perto da sua casa todos que trabalham lá a conhece, ela adora uma farmácia.

Entrou e ficou olhando uns cosméticos enquanto o balcão da atendente ficava vazio. Olhou várias prateleiras, quase todas, na esperança que o estabelecimento ficasse vazio. Ficou vazio e ela foi correndo em direção a atendente:

-Boa tarde, uma pílula do dia seguinte, por favor.
- A senhora poderia repetir, não escutei direito.

Enquanto isso um casal e uma criança se aproximavam do balcão para aumentar a vergonha dela que repetiu e logo em seguida perguntou como que tomava. Perguntou por que tinha tempos que não tomava este remédio e para mostrar para a atendente e ao casal de clientes que aquilo foi a primeira vez que aconteceu com ela. E nisso ao invés da atendente perceber que a moça estava morrendo de vergonha fala em tom de voz alto (ok, não tão alto) como se toma o remédio para a moça quase explodir de vergonha na frente dos clientes.

Ela pegou o remédio e fechou bem a mão para que ninguém visse o que era e foi em direção ao caixa. Não sabia por que tinha um outro casal, fazendo sei lá o que perto do caixa, deveriam estar fuxicando as compras alheias, só pode. Quando entregou o remédio para o caixa embalar o mesmo jogou caixinha como se aquilo fosse um remédio normal. Parecia que toda a farmácia se voltou ao caixa o olhou o remédio que ela estava comprando. Ok, é um remédio normal, mas não pra ela.

- R$10,00. Disse o caixa.

Ela muda entregou a nota de R$20,00, recebeu o troco e a embalagem. Foi embora na esperança de nunca mais passar por aquele constrangimento e nem voltar àquela farmácia.


Heloísa Lugão

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

As fases do pé na bunda

A maioria dos emails que recebo são de pessoas que encontraram o blog depois de um pé na bunda, por que será? (rs) E estas sempre me pedem conselhos, ajuda e até textos aqui no blog. A pessoa geralmente que leva um pé na bunda acha que a dor é infinita, que vai demorar e que aquilo nunca vai acabar. Não é assim, tudo são fases, e essas fases acontece com +todo mundo. Vejamos:


1-     Sem esperar ou até mesmo esperando você toma um pé na bunda da pessoa que você gosta. Talvez aquilo era até esperado, contudo você não acreditava que realmente iria acontecer. Talvez você quisesse o fim mas não tinha coragem de terminar com medo de sofrer. Pois é meu bem, o fim chegou e teremos que encarar o sofrer (sempre digo que ele é bom, é aprendizado...vai vendo) .
É uma dor que dói tanto que parece que vamos morrer, mas não vamos. Uma dor que não existe remédio na farmácia pra vender. É a dor da perda, do costume, do sentimento. Como tudo que dói muito, essa dor nos deixa de cama, sem fome, sem sono, viramos zumbi, só sabemos chorar (realmente vendo assim parece que é um doença- cientistas de plantão: criem um remédio para essa dor urgente!).
Nos recolhemos, nos afastamos, ficamos acabados, estamos derrotados. Derrotado por uma pessoa que sempre foi a nossa vitória.
A gente acha que vai morrer de tanta dor que tem no peito (graças a Deus a gente não morre de amor, mas parece), que aquilo nunca vai ter fim, que aquela pessoa é a última pessoa perfeita na Terra, que nunca mais gostaremos de alguém, que a nossa vida acabou ali.
Depois de você mesma quase se matar de tanto chorar, se culpar por algo que muitas vezes você não tem culpa, cansada de ficar se lamentando você resolver dar um basta na tal dor e decide que irá curtir a vida, recuperar o tempo perdido, se jogar no mundo e...



2-     E ai que você se joga no mundo. Se joga em uma roupa bonita, um belo batom vermelho (não há quem resista) e tenta arrumar um sorriso também parar mostrar a todos que está bem e se joga no mundão.
Sai todos os dias do final de semana, muitas vezes até durante a semana. Só fica em casa pra dormir e as vezes comer. Gasta o salário todo em roupas e baladas. Não é mais vista nas festinha de família, se quiserem te encontrar que vão até a balada do momento. Experimenta e descobre todos os tipos possíveis de bebidas. Conhece várias pessoas e também experimenta estas. Percebe que nem é tão ruim ficar sozinha. Vira fã da frase “solteira sim, sozinha nunca”. Pensa “antes eu tinha um, hoje tenho vários”. Algumas pessoas amanhecem em uma cama com uma desconhecida do lado. Nessa fase você é a mais piriguete de todas ou o mais galinha de todos.
Você não quer saber de nomes, futuro, passado, só quer curtir aquele momento. Amor? Paixão? Gostar? Não, não é mais pra você. Você só quer curtir. Descobrir baladas, bebidas, pessoas, lugares, corpos nus ( ^^ ).
Mas com o tempo nessa vida você começa a se sentir vazio, achar tudo muito vazio. A noite passada foi perfeita, você beijou vários que nem se lembra, não sabe o nome e que não vão te ligar no outro dia. No outro dia você não sabe o que dói mais se é a ressaca ou o vazio que sentes ao acordar. E você começa a sentir falta de algumas coisas...



3-     A maior falta que você sente é a de você mesma. Falta de estar na sua própria companhia. Sente falta daqueles programas calmos, onde não existe pegação. E ai você aos poucos vai voltando pra você. Começa a cuidar do que tem por dentro e descobre que isso é o mais importante. Começa a voltar a ler, fazer atividade física, faz terapia se preciso, assiste filmes que ajudam no crescimento, descobre hobbys, volta a estudar, se empenha na profissão. Passa a gostar mais de você mesma. Volta a freqüentar as festinhas de família e percebe o quanto és querido. Não se importa mais em sair com os amigos casais. Adora passar o sábado a noite em casa sozinho. Não se importa que não está beijando ninguém, não tem ninguém do sexo oposto que vai ligar para fazer um convite. Você descobre a beleza de estar na sua própria companhia.
Claro que terás seu momento de carência, de saudade, porém, nada demais. Nada que daqui alguns minutos ou até horas você não volte para a sua paz. Você sente falta de ter alguém sim e percebe que antes de ter alguém você precisa ter você pra você. Você descobre a alegria que você mesma lhe proporciona. Você transborda flores, é florida por dentro. Você é paz. Você é alegria sereno. E é nessa fase que você se encontra apto para viver um novo amor. Um amor mais maduro, tranqüilo com alguém que esteja e seja como você: transbordando amor-próprio. Talvez você goste tanto dessa última fase, se ame tanto que até adie os próximos relacionamentos. Você se torna seletiva porque não é mais qualquer coisa que tira seu chão e faz seus olhos brilharem.

Heloísa Lugão

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Fui e não volto


Pedi para que não me deixasse ir embora. Fiz de tudo para ficar. Arrumei desculpas que não eram minhas para erros que não eram meus. Falei que se um dia eu fosse embora aconteceria com você o que aconteceu com os outros: vou e não volto e você se tornará mais um.
Você fez como os outros, me deixou partir na esperança de que eu fosse voltar. Fiz com você o que fiz com os outros, fui embora. Doeu, sofri, chorei, cai, levantei e continuei na caminhada.
Tempo depois você apareceu como se nada tivesse acontecido pedindo mais uma chance, arrependido e todo cheio de saudade, só que ai já era... O moço que antes brilhava, transbordava luzes hoje é um ser sem brilho, sem encantos, sem luz nenhuma. O ser que antes me tirava o chão hoje é mais um que me desanimou e não acreditou quando eu disse que ia embora e não voltava.
Não é questão de orgulho, nem medo por sofrer de novo, é questão de que desanimei, simples assim. Já perdeu a graça e sei que um dia vou encontrar alguém que não me deixe ir, alguém que não vai me desanimar. Alguém que sempre será luz no meu caminho.


Heloísa Lugão

sábado, 2 de novembro de 2013

Hoje é dia da saudade



Hoje não fui ao seu novo endereço te prestar uma homenagem. Não fui porque não queria que ninguém me visse chorar. Quando começaria a chorar não ia ser um choro sereno, calmo, com apenas umas lágrimas. Seria um choro intenso de soluçar, daqueles que a gente só sabe quando começa e não sabe quando terá o fim. Meu choro por você é algo que sempre acontece, nunca terá fim. Juntamente com a saudade que sinto de você todos os dias.

Você sempre foi e sempre será meu porto seguro. Quem me dava a mão, quem sempre me ajudou, me criou, me ensinou a ser uma pessoa melhor. Ai Vó, sinto tanto a sua falta. Aquela falta que a gente sente todo dia.

A gente chora de saudade e ao mesmo tempo ri de saudade. Fica feliz porque fez parte da vida de alguém. Porque alguém fez parte da sua história e é responsável pela pessoa que você é hoje.

Saudade mesmo, aquela que dói é daqueles que a gente nunca mais vai poder ver, tocar, sentir o cheiro. Saudade do cara que nos deixou... A gente sente, mas sabe que ele é um babaca porque foi embora. Ele foi porque quis. Só que tem gente que vai embora porque tem que ir, cumpriu sua missão aqui e chegou hora de partir.

A gente sente saudade de quem ama de verdade. Seja um amigo querido, mãe, pai, avó, avô, alguém que se foi, porém continua olhando por nós. Acredito que quando uma pessoa querida se vai ela cuida muito mais lá de cima do que por aqui. A gente às vezes fecha os olhos e sente um amor, carinho por aqueles que não estão mais entre nós. Aqueles que sempre quiseram o nosso bem. Aqueles que realmente se importam com a gente. Aqueles que realmente valem a pena chorar.

Se for pra chorar hoje, chore. Lave a alma. Tente se lembrar de tudo de bom que aconteceu em tempo real entre vocês. Não se lamente, não se culpe e não culpe Deus pela dor. Peça apenas que Ele e a pessoa que você tanto ama, e não está mais aqui, de te serenidade. Deite, chore e pense que você está no colo da pessoa amada, no fundo você estará. Essa pessoa, dona da verdadeira saudade, estará acariciando seus cabelos e cuidando de você.

Hoje é o dia da saudade, sinta sem dor e nem piedade.


Heloísa Lugão

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Porres e mais porres na tentativa de te esquecer




Hoje é sexta-feira e preciso arrumar um jeito de te tirar do pensamento. Poderia ficar feliz porque é final de semana e poderia beber todas as cervejas, ficar alegre (se é que é possível) e te esquecer um pouco. Mas poderei ficar triste ao lembrar das sextas no cinema e depois pizza, do sábado em um barzinho com uma boa música, do domingo que passávamos deitados assistindo tv com pernas entrelaçadas e fazendo cafuné.

Não tem jeito, a solução é sair por ai vagando de mesa em mesa, bebendo drinks e mais drinks, tomando um porre atrás do outro.Vou falar todos os palavrões possíveis, fumar todos os cigarros e quem sabe até ir em um baile funk só pra te contrariar, fazer raiva.

Talvez eu amanheça em uma mesa de bar ou até mesmo na cama com um desconhecido. Talvez eu te ligue na madrugada na esperança de que você diga “venha para a minha casa, vamos conversar e continuar onde paramos”. Talvez eu nem te ligue para não me ferir mais.

Na verdade não preciso de porres de bebidas o que realmente iria me fazer bem seria um porre de você. Ok, não tem mais jeito e nem mais solução. O que me resta agora é ficar amiga dos garçons, conversar com os cachorros da rua, entrar na farmácia e já ser atendida com um copo na mão e os remédios (sem precisar abrir a boca), gastar todo o dinheiro na noite, tudo na tentativa de te esquecer por alguns segundos sequer.

Heloísa Lugão

O texto foi feito enquanto escutava as músicas a baixo. Para escutar enquanto lê:





quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Ah essa saudade...

Sei que quando tomei a decisão de ir embora fiz isso com o maior sorriso e orgulho do mundo. No primeiro dia foram flores, alegrias, brincadeiras, ah a vida é linda e você foi só mais um. No segundo dia acordei sentindo sua falta, mas o dia foi bom, animado, ah a vida é colorida. Eis que agora me encontro no terceiro dia sem você e acordei com saudades, me sentindo vazia, como se algo de dentro de mim tivesse ido embora (e foi), o dia acordou cinza, a vida ta escura e estou sentindo a sua falta.

Acordar e pegar o celular e perceber que não tem nem uma mensagem e nem ligação sua, nem que quando eu retorne você diga que foi engano. Não tem nada, nenhum um sinal seu. Parece que você não sente a minha falta. Acho que foi por isso mesmo que me deixou escapar, me deixava solta, porque você realmente não gosta de mim. Talvez não tanto o quanto gosto de você.

Eu poderia ser essas menininhas que dá desculpas para os erros alheios ou até mesmo dizer que nosso caso é mal resolvido. Não sou e não tem nada disso. Deixou-me ir embora porque quis, não me procurou por conta do teu orgulho, te pedi desculpas e foi de coração mesmo sabendo que você era o mais errado da história. Poderia dizer que nosso caso é mal resolvido, porém, não é. Por dentro de nós dois está tudo muito bem resolvido.

E eu que achava que não sentiria sua falta, que fosses mais um, que não gostava de você... Aqui me encontro, escrevendo um texto pra ti e me ardendo de saudades.


Heloísa Lugão

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Indo embora de um mundo que não existia


Os sinais estavam claros e evidentes na frente dela e a mesma não enxergava tudo o que estava acontecendo ali. Ela passara o final de semana todo pensando em que rumo daria aquele... aquele rolo dos dois onde ela se enrolava cada vez mais nele. Estava cansada das inseguranças e indecisões que ele passava, ela queria mais ou nada e não meio termo.

Era sempre a segunda opção dele, a mantinha por mensagens, marcava e não ia aos encontros, fazia dramas para que ela fosse correndo atrás dele e ela ia. Sempre deixava claro que estava disponível pra ele. Fazia de tudo para agradá-lo.

Ela pensava que estava tudo bem, fazendo tudo certo, mas não estava. Estava tudo errado. Por ter passado por situações piores do que as que ele proporcionava ela agüentava tudo aquilo, mesmo sabendo que não era nada daquilo que ela queria.

Ela achava que gostava dele até que percebeu que ela gosta da imagem que ela criou dele. Ela nem bem conhecera ele. Era tudo muito recente. Ela evitava perguntar da vida dele na prevenção de não se apaixonar. Ela o criou com perfeição no mundo dela, um mundo que não existia. Ele estava sempre no topo, era a última bolacha do pacote.

Sabia também que futuro entre os dois é hipótese nula. Eles vivem em mundos diferentes. Ela estava deixando de ser ela para ser alguém quem ele queria e gostasse que ela fosse. Os dois na verdade não existiam.

Era pegação, de beijos que os deixavam sem ar, eram toques, era pele, coisa de carne, talvez até mesmo uma paixão avassaladora, porém nada que trazia paz a ela. Passavam noites ou tardes ardentes juntos e depois quando ele ia embora ela ficava na insegurança sem saber se ele a procuraria, o pior é que ela se sentia suja e usada. Ela sabia que pra ele ela sempre seria mais uma ou talvez a que o satisfaz ou até mesmo a moça disponível que satisfaz os desejos dele.

Não queria isso pra si, para os dois. Queria paz e a sorte de um amor tranqüilo para os dois, ledo engano. Isso só existia no mundo das maravilhas que ela criava. Aos poucos foi tomando umas doses de coragem e conhaque. E depois de muito pensar resolveu que era hora de partir, que aquilo realmente não era o que ela queria pra sim e foi assim que levantou, fez as malas e partiu.


Heloísa Lugão

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Quem é você?


Hoje cedo passei pela sala e a tv estava ligada no programa Fátima Bernardes (não vi o tema) mas entre as mensagens que aparecem na tela uma pessoa mandou assim “Tenho medo de não de um dia não me conhecer” e fiquei pensando naquilo. Não sei nem quem é a pessoa muito menos sua idade, porém imagino que seja uma pena uma pessoa não se conhecer pelo menos um pouquinho, até porque nunca chegaremos à conclusão de quem realmente somos.

Contudo, afirmo que é uma delicia esse processo de conhecimento. Cheguei a uma fase da minha vida que conhecia todo mundo, sabia os gostos e preferências de todos menos os meus. Perai, eu preciso saber quem sou, nem que seja só um pouquinho e foi ai que comecei o meu processo de conhecimento.

Cheguei a um ponto onde me achava estranha, sabe essas crises de adolescentes e/ou crises existenciais? Tive a minha aos 23 anos. Não sabia qual era a minha banda preferida, meu prato predileto, nem mesmo algumas qualidades e defeitos. Fazia de tudo para descobrir o que o outro queria para agradar e não fazia nada por mim já que não sabia o que realmente gostava.

Não era uma pessoa interessante, já tentei ser outra pessoa para agradar outras pessoas, corria de mim. Chega, cansei e resolvi mudar. Foi ai que me coloquei de castigo e só sairia de lá quando aprendesse e de brinde por ser uma boa garota ganharia um mimo.

Fiquei de castigo, sofri, pensava que ficaria louca, surtei, queria desisti daquilo, queria desistir de mim, era complicado demais, precisei da solidão, de pensamentos e com o tempo, de pouquinho a pouquinho fui descobrindo quem eu era. Fui me apaixonando e achando interessante a pessoa que estava conhecendo que por sinal era desconhecida e morava dentro de mim.

Essa pessoa desconhecida foi aflorando e passou a se assumir do jeito que é sem ter vergonha e medo do que o mundo iria pensar. O único medo que ela tinha era de que voltasse a adormecer a pessoa linda que existe dentro dela. A vergonha que sentia era de ter passado tanto tempo escondida.

Hoje quando ela conhece alguém já mostra logo seu lado um pouco maluquete, seu estilo um pouco mais livre, seu gosto peculiar, sua personalidade forte. Ela não se passa mais por santa, patricinha e nem que gosta do que a moda dita, alias ela dita sua própria moda. Ela se acha linda em uma sexta-feira a tarde mesmo com a cara acabada de cansaço depois de uma semana intensa, sem maquiagem, descabelada e até inchada. Se acha interessante quando passa o final de semana todo em casa de pijama. Não se encanta com os saltos da moda, se apaixona cada vez mais pelas Havaianas, tudo que é conforto lhe fascina. Não liga pelas roupas larguinhas que usa ao invés de usar uma roupa mais justa que valoriza mais seu corpo. Ela não quer alguém que valorize seu corpo, quer alguém que valorize suas idéias. Ela talvez nem queira alguém, mas ela quer sempre ela.

E desde quando a boa moça saiu do castigo ela vem recebendo mimos um atrás do outro, até já sabe sua banda predileta, seu prato favorito, sua cor predileta. Ela sabe o quer pra si. Ela se tornou tão interessante pra si que muitos que antes ela achava que era o máster de atraente hoje é um mero babaca. Ela se tornou tão interessante ao ponto de muitos a acharem interessante também.


Heloísa Lugão

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um tal amor... O verdadeiro amor


Passar um final de semana todo em casa lendo, vendo filme, dormindo, curtindo a família, controlando a dieta, com o mais belo pijama, acordar cedo pra fazer atividade (às vezes tão cedo que quando você na rua indo correr as pessoas chegam da balada), fazer unha, cabelo pra dormir mais bonita, caprichar no jantar pra você.

Assumir de vez sua personalidade, mesmo que muitas pessoas venham a criticar. Para de idealizar príncipes em caras que você nem conhece direito. Parar de sonhar tanto e viver mais. Gostar da sua própria companhia. Aceitar e aproveitar o que a vida lhe dá. Se amar mais. Apreciar o silêncio. Estar em paz com a vida e com o mundo.

O amor-próprio é o primeiro é o mais importante de todos. Ser importante, bonita, legal, inteligente, etc pra você é o que mais interessa. Quanto a opinião alheia, não precisamos dela para ser feliz de fato.


Heloísa Lugão

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Coloridinho

Reza a lenda que pra todo mal a cura, sim concordo. O mundo já anda tão escuro pra gente deixa-lo ainda mais. Sim, a gente deixa o mundo mais escuro quando a gente se conforma com as coisas ruins que nos acontece, a gente aceita e lamenta. Lamenta no colo do amigo, no colo da vida, no colo de Deus, oras, é mais fácil reclamar do que levantar a bundinha do que ir a lutar e deixar tudo colorido novamente.

Gente que reclama pesa demais, contudo sei também que tem coisas que nos acontecem que é tão escuro que não conseguimos nem sequer pensar em uma solução. Foi nos momentos mais escuros da minha vida que encontrei a cura pra todo o meu mal.

A vida nem sempre é positiva e quando ela nos dá o saldo negativo ou corro (na praia) ou escrevo. Corro de achar que vou morrer por falta de fôlego. Escrevo às vezes o que nem sei que estou escrevendo, escrevo até dar calo.

Aprendi que reclamar não ia resolver meus problemas. Que ficar ali deitada como fazia antes também não ia me mostrar solução, alias parecia que a dor e o problema só aumentavam. Mas o mais importante que aprendi foi que quando a gente para de dar muita importância para os problemas eles diminuem em tamanho e que se você quer uma vida beeem colorida tem que ter fé em Deus e em você. Acreditar que dias ruins todos temos e deles sempre tiramos alguma coisa. Acreditar que o mundo, a vida é linda assim... toda coloridinha e que dá uma satisfação enorme saber que você suou muito para cobrir o escuro com todo o colorido.


Heloísa Lugão

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Era madrugada...


Estava dormindo e o celular tocou, ao olhar no visor era ele ligando de madrugada. Não poderia estar bêbado (ele liga na madrugada quando está assim) era dia de semana, trabalhava muito. Atendi.
Ele:
- Sei que você está dormindo, mas queria saber por que você gosta de mim. Pode me falar?
Nossa que pergunta complicada para uma madrugada. Tentei responder o que conseguia.
- Gosto de você pela paz que me dá, pela confiança e tranqüilidade que me passa. Não me passa segurança de que um dia ficaremos juntos, mas tenho segurança no sentimento que tens por mim. Sei que tudo que fala e faz é verdadeiro. Impossível não gostar de uma pessoa que nos deixa tão bem e ainda nos traz a paz.
E ele repudia:
- Mas não tenho o perfil de cara que te atrai, não sou estudado, não tenho uma vida parecida com a dos caras da nossa idade, não conheço e nem sei de nada, não entendo por que você gosta tanto de mim.
- A gente gosta mais do que o outro nos dá pelo o que o outro é. Gosto da paz que me traz, dos cuidados mesmo distantes que me proporciona. Cansei de lhe falar que não ligo pelo teu jeito caipira, talvez até, seja ele que me atrai em você. Gosto da sua sinceridade que nunca me promete mais do que pode cumprir. Gosto do seu sorriso que diz que o motivo dele sou eu. Gosto das nossas aventuras. Já dizia o poeta: gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas. Com você é assim.
Despedimos-nos e desligamos o telefone, tentei voltar a dormir e encontrar motivos que me levavam a gostar dele. O dia raiou e ainda não tinha concluído o pensamento. São inúmeras as razões que me levam a gostar dele.

Escrito em 24/04/2013

Heloísa Lugão

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A diferença entre homem e mulher na hora da conquista/relação existe?!


Muitos querem me provar que realmente existe diferença na hora da conquista entre homem e mulher. Diz por ai que tal atitude somente o homem faz, que quem age de forma tal é sempre a mulher, enfim, sempre querem me mostrar alguma diferença e que comportamento de cada sexo é diferente.

Tem uns dois anos que tento ler um livro que não cheguei nem na metade do primeiro capitulo, pois o autor queria me explicar que existe diferença entre homem e mulher. Sou teimosa, a leitura me deixava com raiva já que discordava de tudo e desde então venho tentando finalizar o livro.

Mas ai você pensa: qual a semelhança entre homem e mulher em um relacionamento?! Saber todos eles não sei, necessita de um estudo mais aprofundado, contudo resolvi colocar algumas comparações.

a)     Só o homem que olha e pensa: bonita, mas não serve para sentar-se à mesa da minha casa no almoço de domingo. Mulher também pensa assim meninos! A mulher está buscando o seu lugar ao sol no âmbito profissional. Estuda, se dedica, se esforça, abre mão da vida social e no final ela quer alguém a altura dela. Alguém que ao sentar-se à mesa com sua família irá ter uma boa conversa. Que ao sair com seus amigos que possuem um nível intelectual maior do que seu o cara saberá se portar, pode não entender de todos os assuntos do mundo, mas também não precisa ficar falando asneira.
b)     É bonitinho (a), mas de boca fechada e por uma noite e nada mais. Isso acontece muito dos dois lados. Acha que mulher não vai à caça de um corpinho sarado para aliviar o stress não? Quer me dizer que só homem faz isso? Não mesmo. A mulher, como disse a cima, está cada vez mais voltada para a profissão e foca nisso, acaba não tendo muito tempo para sair atrás de uma conquista. Como ela tem um foco, seu tempo é curto e ela tem suas necessidades ela arruma um bonito para uma noite apenas e nada mais. Geralmente o nome dessa mulher é fictício, passa seu número de telefone errado, não existe muito dialogo entre os dois e ela não possui rede social. Ela também some!
c)      “Ele me faz de garante”. Ok, você nunca fez nenhum cara de garante? Bobagem achar que só o homem enrola a mulher, que a mulher é sempre a coitadinha. Muitas mulheres não dispesam o cara, fica enrolando, pra quando não tiver nada melhor pega ele. Pra quando estiver com vontade de sair pra comer ou beber e estiver sem grana tem o cara pra pagar. Você, moça, age como os rapazes por ai: sempre mantém aquele sujeitinho ali pra garantir uma comidinha quando estiver com fome. Sejamos sinceras: é bom saber que tem alguém que está a nossa disposição, que quando quiser algo é só chamar que ele vem. Que nem os caras fazem com você.
d)     Não existe cara fofo, romântico, educado, fiel, blábláblá. Existe! Só irá encontrar este cara quando este estiver apaixonado por você. Você também quando não está apaixonada desdenha do cara que está afim de você e faz do pobre coitado de gato e sapato.
e)     Homem só dá valor quando perde! Mulher também! É bom né ter alguém correndo atrás da gente, saber que alguém gosta da gente e ai quando a pessoa se afasta, dá gelinho, à primeira coisa que fazemos logo após sentir falta é correr atrás. E meu bem, quem quer corre, corre muito atrás.
f)       Só mulher é carente! Ledo engano, o que mais existe por ai são caras carentes e altamente dependentes emocionais.
g)     Sexo casual é só pra mulher piranha. Nada disso, sexo casual é pra mulher bem resolvida que só ter sua garantia de prazer intenso. Não é só o homem que gosta de sexo casual, mulher também gosta. Mulher também precisa sentir prazer e depois não ter a obrigação de falar com o sujeito. Não precisar cumprir suas obrigações como a oficial.
h)     Homens só pensam em sexo. Mulheres também. Manter relação onde não se tem sexo ou que o sexo é ruim... Sai dessa minha filha!

E ai, ainda dúvida que homem é mulher é diferente, ou melhor, tão diferente assim?


Heloísa Lugão