A
maioria dos emails que recebo são de pessoas que encontraram o blog depois de
um pé na bunda, por que será? (rs) E estas sempre me pedem conselhos, ajuda e
até textos aqui no blog. A pessoa geralmente que leva um pé na bunda acha que a
dor é infinita, que vai demorar e que aquilo nunca vai acabar. Não é assim,
tudo são fases, e essas fases acontece com +todo mundo. Vejamos:
1- Sem esperar ou até mesmo esperando você toma um pé na
bunda da pessoa que você gosta. Talvez aquilo era até esperado, contudo você
não acreditava que realmente iria acontecer. Talvez você quisesse o fim mas não
tinha coragem de terminar com medo de sofrer. Pois é meu bem, o fim chegou e
teremos que encarar o sofrer (sempre digo que ele é bom, é aprendizado...vai
vendo) .
É
uma dor que dói tanto que parece que vamos morrer, mas não vamos. Uma dor que
não existe remédio na farmácia pra vender. É a dor da perda, do costume, do
sentimento. Como tudo que dói muito, essa dor nos deixa de cama, sem fome, sem
sono, viramos zumbi, só sabemos chorar (realmente vendo assim parece que é um
doença- cientistas de plantão: criem um remédio para essa dor urgente!).
Nos
recolhemos, nos afastamos, ficamos acabados, estamos derrotados. Derrotado por
uma pessoa que sempre foi a nossa vitória.
A
gente acha que vai morrer de tanta dor que tem no peito (graças a Deus a gente
não morre de amor, mas parece), que aquilo nunca vai ter fim, que aquela pessoa
é a última pessoa perfeita na Terra, que nunca mais gostaremos de alguém, que a
nossa vida acabou ali.
Depois
de você mesma quase se matar de tanto chorar, se culpar por algo que muitas
vezes você não tem culpa, cansada de ficar se lamentando você resolver dar um
basta na tal dor e decide que irá curtir a vida, recuperar o tempo perdido, se
jogar no mundo e...
2- E ai que você se joga no mundo. Se joga em uma roupa
bonita, um belo batom vermelho (não há quem resista) e tenta arrumar um sorriso
também parar mostrar a todos que está bem e se joga no mundão.
Sai
todos os dias do final de semana, muitas vezes até durante a semana. Só fica em
casa pra dormir e as vezes comer. Gasta o salário todo em roupas e baladas. Não
é mais vista nas festinha de família, se quiserem te encontrar que vão até a
balada do momento. Experimenta e descobre todos os tipos possíveis de bebidas.
Conhece várias pessoas e também experimenta estas. Percebe que nem é tão ruim
ficar sozinha. Vira fã da frase “solteira sim, sozinha nunca”. Pensa “antes eu
tinha um, hoje tenho vários”. Algumas pessoas amanhecem em uma cama com uma
desconhecida do lado. Nessa fase você é a mais piriguete de todas ou o mais
galinha de todos.
Você
não quer saber de nomes, futuro, passado, só quer curtir aquele momento. Amor?
Paixão? Gostar? Não, não é mais pra você. Você só quer curtir. Descobrir
baladas, bebidas, pessoas, lugares, corpos nus ( ^^ ).
Mas
com o tempo nessa vida você começa a se sentir vazio, achar tudo muito vazio. A
noite passada foi perfeita, você beijou vários que nem se lembra, não sabe o
nome e que não vão te ligar no outro dia. No outro dia você não sabe o que dói
mais se é a ressaca ou o vazio que sentes ao acordar. E você começa a sentir
falta de algumas coisas...
3- A maior falta que você sente é a de você mesma. Falta
de estar na sua própria companhia. Sente falta daqueles programas calmos, onde
não existe pegação. E ai você aos poucos vai voltando pra você. Começa a cuidar
do que tem por dentro e descobre que isso é o mais importante. Começa a voltar
a ler, fazer atividade física, faz terapia se preciso, assiste filmes que ajudam
no crescimento, descobre hobbys, volta a estudar, se empenha na profissão.
Passa a gostar mais de você mesma. Volta a freqüentar as festinhas de família e
percebe o quanto és querido. Não se importa mais em sair com os amigos casais.
Adora passar o sábado a noite em casa sozinho. Não se importa que não está
beijando ninguém, não tem ninguém do sexo oposto que vai ligar para fazer um
convite. Você descobre a beleza de estar na sua própria companhia.
Claro
que terás seu momento de carência, de saudade, porém, nada demais. Nada que
daqui alguns minutos ou até horas você não volte para a sua paz. Você sente
falta de ter alguém sim e percebe que antes de ter alguém você precisa ter você
pra você. Você descobre a alegria que você mesma lhe proporciona. Você transborda
flores, é florida por dentro. Você é paz. Você é alegria sereno. E é nessa fase
que você se encontra apto para viver um novo amor. Um amor mais maduro,
tranqüilo com alguém que esteja e seja como você: transbordando amor-próprio.
Talvez você goste tanto dessa última fase, se ame tanto que até adie os
próximos relacionamentos. Você se torna seletiva porque não é mais qualquer
coisa que tira seu chão e faz seus olhos brilharem.
Heloísa Lugão
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