O dia poderia ter sido
normal se Anne parasse de pensar naquele rapaz da noite anterior. Mas ela não
conseguia.
O cheiro dele, cheiro de
perfume barato que a fez torcer o nariz parecia que tinha grudado nela. Grudou
no pensamento dela. Ela sentia o cheiro dele por onde passava.
E o beijo que ela ainda
sentia o gosto. O beijo bateu de primeira. Não precisou de detalhes para
acertar. Foi encaixe perfeito. Beijo que ela ficava sem fôlego.
As mãos dele quando a
tocavam, o abraço que ele dava. Ela ainda pensava em tudo que aconteceu naquela
noite um tanto que perfeita para ela. Ria sozinha ao lembrar-se do que
aconteceu.
Não precisou de muito, houve
química de primeira.
Ele não era perfeito, era
cheio de imperfeições, mas quem disse que o perfeito é bom? Anne gostava do estrago,
do estranho, de frios na barriga e ele a proporcionou tudo aquilo em poucas
horas.
Ela só queria mais, mais
oportunidades, mais vezes, mais ele, mais beijos, mais perfume barato, mais
estragos, mais imperfeições e muito mais frios na barriga.
Heloísa Lugão
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