O novo

A moça estava cansada de amores errados e de coisas que a lembra-se do passado. Ela queria algo novo e que realmente viesse a dar certo. Algo que durasse e a deixasse bem.

Até que um dia resolveu por fim naquele “amor errado” e desapegar totalmente do passado. Fez faxina no armário, no quarto e no coração. Colocou tudo do passado (coisas e sentimentos) dentro de uma caixinha e jogou no lixo. Não foi tão fácil assim, ela sofreu um pouco, contudo sabia que precisava desocupar espaços para que algo novo e certo chegasse. Ela acreditava muito nisso e o mesmo fez a dor diminuir. Limpou, desocupou espaços e começou a se preparar para o novo. Ela sabia que o novo chegaria, ela acreditava, tinha fé no futuro.

A moça sabia que era merecedora de toda a felicidade do mundo e que a vida iria a surpreender. Sabia que quando estamos presas em algo não tem liberdade para que o novo chegue. Ela só queria algo bom, inesperado, certo e novo chegasse a ela. E assim o novo chegou, inesperado, surpreendente, talvez certo, porém chegou. Ela ainda não sabe de muita coisa e tudo muito recente, ela está curtindo, gostando desse novo. Ela está mais pé no chão, realista e ainda um pouco travada, aos poucos ela vai deixando o novo entrar na sua vida... E o abraço dele transmitia somente coisas boas a ela. Inclusive paz e aconchego.

Heloísa Lugão