Mesmo
que seja em passos lentos um dia voltamos pra casa.
Pra
nossa casa, aquela casa que nunca deveríamos ter saído.
Para
o nosso lar interior, onde temos o nosso aconchego, o cheiro de limpo e tudo
está organizado ou nem tão organizado assim.
Mesmo
que esteja bem bagunçado, a nossa vontade de arrumar tudo é tanta que fica até
mais fácil.
Talvez
tenhamos voltado pra casa porque saímos de uma zona de conforto ilusória. Talvez
tenhamos voltado por questão de saudade mesmo. Saudade da gente. Às vezes saímos
de pelas pessoas, pelo trabalho, pelos sentimentos, por nós mesmos.
Voltamos
humildes, cansados e a cada pequeno passo que damos o ar fica menos pesado, nos
tornamos mais leves e a felicidade também vai voltando.
A
gente pode querer o bem a todo mundo, amar todo mundo, mas se a gente não se
faz o bem e não se ama de nada adianta.
Sair
de uma zona de conforto onde se vivia em confronto é pode respirar aliviado, é
querer o bem para a pessoa mais importante do mundo: nós.
Fechar
um ciclo quando queremos por um momento é bom, n’outro nos traz o medo.
Mas
a gente não pode ter medo da felicidade. Felicidade sim, porque na zona de
conforto onde vivia se o confronto tinha se tudo... Menos a felicidade.
A
gente tem que encarar o novo, sair da zona de conforto, fechar o ciclo,
recomeçar quantas vezes for necessário. A gente tem que fazer aquilo que nos
faz feliz.
Voltar
pra aquela casinha alegre é a maior felicidade de todas, a nossa casinha
interior.
Heloísa Lugão