Um dos anos mais complexos da vida, tive que ter muito jogo
de cintura e nunca imaginei que tivesse tanta fé.
Se fosse para definir o ano diria que foi o ano da Fé. Em
tudo tive fé e em tudo alcancei, claro que não foi no meu tempo e sim no tempo
de quem sabe quando é a hora.
Vivi o ócio, convive com o desemprego, conheci muita gente
bacana, me afastei de muita gente que não me acrescenta em nada, descobri
muitas coisas, enterrei alguns sentimentos, chorei, sofri, sorri, sorri, sorri
muito.
Tive algumas paixões durante o ano. Umas 3! Mas teve um, ah
aquele que vira e mexe ainda me faz escrever sobre ele. Aquele que é tão
diferente de mim, me completou e fez com que me tornasse uma pessoa melhor.
Aquele que, me desculpe os próximos, será inesquecível. E foi com esse moço que
vivi as maiores loucuras, tive os mais frios na barriga e que me deixava com as
pernas bambas só de falar. E esse menino deixou apenas saudade e um quero de
quero mais muito mais, contudo, não será possível. Abri mão daquele sentimento
lindo e pedi para sair do jogo.
Senti saudade. Meu Deus como eu senti saudade. Parecia que eu
ia morrer de tanta saudade que tinha.
Muitos momentos de crises existências, ficava perdida, não
sabia de nada, complicações emocionais, algumas tristezas, algumas perdas e fé.
Curti muito a vida de solteira, sai muito, beijei bastante,
bebi muito, acordei com ressaca moral e alcoólica, extravazei, dancei, curti,
me joguei, me empolguei e agora tirei férias dessa agitação toda.
Foi ano também que relaxei. Relaxei muito na minha reeducação
alimentar, na minha autoestima e no blog. Não fiz muito as coisas que gosto
porque estava com preguiça. Em 2012 aproveitei bem mais que 2013. Se 2012 foi
literalmente o meu ano (por ter me conhecido melhor, me amado mais, me
valorizado mais) 2013 não foi tanto assim. Claro que a peteca caiu, mas subiu
também. Me descobri, me amei, me valorizei só que não tanto quanto foi em 2012.
Tornei-me mais sensível, um tanto melancólica e gostei de ser
assim. Voltei a me recolher novamente. Voltei a trocar noites agitadas com
lugares cheio de gente vazia por um quarto “vazio” e cheio de pensamentos e
sentimentos.
Tive muitos altos e baixos, alias mais baixos do que altos.
Sofri a crise dos 25 anos.
Passei
por poucas e boas que muita gente não sabe ao certo, guardei tudo pra mim.
Chorei, chorei muito, chorei de soluçar. Dormi chorando. Quantas vezes durante
o banho me sentava no chão e desabava? Várias vezes. Já perdi o sono inúmeras
vezes. Era uma aflição sem tamanho, uma angústia no peito que chegava a doer.
Não sabia o motivo de aquilo tudo estar acontecendo comigo. Acho que meu
sorriso e meu jeito de levar a vida na base da felicidade foi o que fez com que
a nuvem preta passasse. Porque tristeza aqui é algo que não tem casa, nem
comida e nem roupa lavada e com isso ela vai embora, ela se cansa e vai
procurar outro lugar... Aqui tristeza não tem vez. Amadureci demais!
Poderia
reclamar muito do meu ano por esses dias finais e de reflexão, só que apesar de
tudo só sei agradecer já que foi mais um ano que me superei e descobri o quanto
sou forte. Não consigo reclamar com Deus do meu ano. Sei que foi pauleira,
todavia, hoje só sei agradecer. Querendo ou não coisinhas pequenas aconteceram
e foram muito significativa.
Comecei
a fazer a tal listinha do que fazer em 2014 e rasguei. Não quero fazer metas,
quero que o ano me surpreenda. Acho que toda a fé que plantei em 2013 vou
colher em 2014.
Espero
2 coisas de 2014: que ele me surpreenda, que minha fé aumente mais (ela quem me
deu forças para lutar).
Feliz
ano novo a todos que acompanham o blog. De coração desejo tudo de melhor a você
e muita, muita fé, afinal foi ela que me deu forças pra lutar.
Heloísa
Lugão